ATA DA
SEPTUAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 04-8-2016.
Aos quatro dias do mês de
agosto do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Ana Terra do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, na qual registraram presença
Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes
Sprenger, Luciano Marcantônio, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulinho
Ruben Berta, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, foram
registradas as presenças de Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio,
Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir Cecchim,
João Bosco Vaz, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro
e Mauro Pinheiro. À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 024/16 (Processo nº 1546/16), de autoria de Sofia Cavedon.
Ainda, foi apregoado o Ofício nº 707/16, do Prefeito, encaminhando o Projeto de
Lei do Executivo nº 020/16 (Processo nº 1866/16). Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, pronunciaram-se Adeli Sell, Paulinho Ruben Berta, Clàudio Janta, Engº
Comassetto, Tarciso Flecha Negra, Jussara Cony, Mauro Pinheiro, Dr. Goulart,
Márcio Bins Ely e Dr. Thiago. Às
quinze horas e trinta e um minutos, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento de
autoria de Márcio Bins Ely, solicitando o adiamento, por duas sessões, da
discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 007/15 (Processo nº
0586/15). A seguir, foi apregoada a Subemenda nº 01, assinada por Clàudio
Janta, à Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
011/15 (Processo nº 0249/15). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/15 (Processo nº 0249/15),
após ser discutido por Clàudio Janta. Foram aprovadas a Emenda n° 01 aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/15 e a Subemenda nº 01 aposta
a essa Emenda. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
011/15. Em seguida, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Márcio Bins
Ely, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem
do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 022/14 (Processo nº 0351/14), após ser discutido por Márcio Bins
Ely. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº 02, assinada por Márcio Bins Ely, ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 022/14, e foi aprovado Requerimento de autoria
de Márcio Bins Ely, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Foram aprovadas as Emendas nos
01 e 02 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 022/14. Foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 022/14. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/15 (Processo nº
1964/15). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº
044/12 (Processo nº 2388/12), o qual, após ser discutido por Fernanda
Melchionna, teve sua discussão adiada por duas sessões, em face da aprovação de
Requerimento de autoria de Kevin Krieger. Em Discussão Geral e Votação, foi
apreciado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/15 (Processo nº
2017/15), após ser discutido por Lourdes Sprenger e Adeli Sell. Foi aprovada a
Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/15.
Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/15. A seguir,
foram aprovados Requerimentos verbais formulados por Clàudio Janta e Sofia
Cavedon, solicitando alterações na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, assinada por Sofia Cavedon, ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 272/15 (Processo nº 2792/15), e foi aprovado
Requerimento de autoria de Sofia Cavedon, solicitando que essa Emenda fosse
dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e
Votação, foi o apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 272/15 (Processo nº
2792/15), após ser discutido por Sofia Cavedon e João Carlos Nedel. Foi
aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 272/15. Foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 272/15, por quinze votos SIM, dois
votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada por João Carlos Nedel,
tendo votado Sim Adeli Sell, Airto Ferronato, Clàudio Janta, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio,
Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Paulo Brum, Prof. Alex
Fraga, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra, votado Não Guilherme Socias
Villela e João Carlos Nedel e optado pela ABSTENÇÃO Kevin Krieger. Às dezesseis
horas e vinte e oito minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo,
em verificação solicitada por Mendes Ribeiro, foi encerrada a Ordem do Dia. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 138, 139 e 155/16 e 178/15, este discutido por Adeli
Sell, e o Projeto de Lei do Executivo nº 019/16; em 2ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 074/15 e 079, 098, 126, 136, 147, 162 e
164/16 e o Projeto de Lei do Executivo nº 018/16. Às dezesseis horas e trinta e
quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, o Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a próxima sessão
ordinária. Os trabalhos foram presididos por Cassio Trogildo e secretariados
por Guilherme Socias Villela e Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI
SELL: Sr.
Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, com a deferência da minha bancada
– Ver.ª Sofia Cavedon e Ver. Engº Comassetto aqui presentes –, a bancada do PT
quer dizer o seguinte: hoje, 4 de agosto, instaurou-se o dia do medo em Porto
Alegre. Por quê? É bem verdade, eu dizia para a Ver.ª Sofia, que há 438 anos,
na Batalha de Alcácer-Quibir, Ver. Villela, o rei do Marrocos acabou essa
batalha matando o rei de Portugal. Tem alguma batalha? Tem alguém querendo
matar alguém? Tem alguém querendo matar o Governador? É verdade que o povo está
indignado com os R$ 650,00 de salário parcelado – é verdade! Para que essa
política do medo? A quem serve, Ver. Paulo Brum? A quem serve? Ao cidadão? Ver.
Paulinho Rubem Berta, não bastassem as mortes, nesse final de semana, na sua
região – foram 38 na Cidade, e uma sequência de 8 ali na proximidade de sua
residência –, não pense, Ver. Paulinho, que o problema é só lá. Não! No Centro
de Porto Alegre também! Hoje nós temos uma certa pacificação, eu andei hoje
pela Rua Voluntários da Pátria e havia mais policiais no Centro do que nos dias
normais. A quem serve essa confusão? Ver. Canal, por que fechar bancos? Qual é
o tesouro que está enterrado, Ver. Flecha Negra, flecha ligeira, flecha rápida?
Rápidos são aqueles homens do poder que não se contentam com o dia a dia, com o
trabalho, com a vida – querem mais e mais e mais. A Cidade não pode continuar
com essa situação. Um cadeirante não consegue passar na Borges de Medeiros. Eu
queria convidar V. Exa., Ver. Paulo Brum, para amanhã ou segunda-feira, nós
dois, irmos lá; eu, sexagenário, mas que ainda caminho bem, mas que tenho uma
bengala, que recebi de um grande amigo meu, que comprou uma bengala de
primeiríssima num leilão e disse que era do General Flores da Cunha. Vou lá com
o Ver. Paulo Brum, e ele vai ver que, pelas bancas de frutas, que são, na
verdade, o restolho, Comassetto, a xepa da Ceasa, que é vendida no centro de
Porto Alegre, enganando as pessoas, não tem como passar com a cadeira. Não pode
mais acontecer isso. É claro que, às vezes, a gente pressiona, e as coisas
acontecem. Vou dar nomes aqui: Vigário José Inácio, 165, lá o cara abriu um
muquifo na semana, e no IERGS, que é um instituto, uma faculdade, um curso que
tem ali, não conseguiram ter aula. Ainda bem que a SMIC, diligente em
fiscalização, foi lá e multou. Na Andrade Neves, onde um dia tivemos o clube
dos caçadores, onde o General Flores da Cunha jogava o seu pôquer, abriu um
muquifo de quinta categoria dos mesmos caras. Caras, sim, não são cidadãos!
A Cidade está desregrada, e nós não podemos
continuar nesse patamar, nessa situação. Pena que não estão aqui o Cecchim e o
Valter Nagelstein, porque me parece que o pessoal quer um segundo camelódromo,
porque o Centro virou um camelódromo, tudo desregrado, tudo abandonado, é o
desdém. Nós não podemos aceitar. Não é porque nós temos eleições, a nossa
postura é sempre a mesma na situação ou na oposição. Eu fui Secretário da SMIC
no Governo Verle e tercei armas dentro do partido, dentro do Governo, na
sociedade, mas nós tivemos um acordo que não poderia mais acontecer, e eu ando
pelo Centro da Cidade, e as pessoas falam desta gestão. Por isso, Ver.ª Sofia,
Ver. Comassetto, nós nos rebelamos. Queremos mudanças, vamos ter mudanças,
porque não vamos nos calar.
Finalmente, para concluir, Ver.ª Sofia e Ver.
Comassetto, foi criado, na Cidade, o grupo de pais e mães para a educação.
Esses meninos foram achincalhados e traumatizados lá na Sefaz, mas eu espero
que a justiça seja feita e que eles não sejam condenados, porque nós continuamos
a lutar por liberdades democráticas, por liberdades de expressão, e a educação
é um direito fundamental – está na Constituição, no seu art. 5º. Eu falei em
nome da bancada do Partido dos Trabalhadores. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Cassio Trogildo): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
RUBEN BERTA:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhores da imprensa,
funcionários e todos que nos assistem, boa tarde.
Ver. Adeli Sell, ontem, eu trouxe a esta tribuna este tema
que é, realmente, mais do que preocupante. Eu trouxe aqui o que está rolando
pela Internet, no Facebook, enfim, que são os toques de recolher na Cidade. Mas
eu gostaria de saber o seguinte: se reclamamos que, no Centro, tem pouca
segurança, eu gostaria que me dissessem o que vamos fazer no Timbaúva I, II e
III, no Mário Quintana, na Vila Safira, no Passo das Pedras, na Vila Amazônia,
na Vila Vitória da Conquista, na Vila Santa Maria, na Vila Dom Pedro, na Vila
Santa Rosa, no Parque dos Maias. Nós, no final de semana passado, constatamos
mortes ocorridas nessa região – não foi uma, não foram cinco, mas muitas
mortes. Às 19h, o Conjunto Residencial Rubem Berta, por exemplo, que o senhor
citou, que é de onde eu sou oriundo, é onde eu moro, é onde eu crio os meus
filhos e os meus netos, estava deserto. O comércio parado, as pessoas não
podendo comprar e suprir as suas necessidades com mercadorias para fazerem sua
comida, um pão, um arroz, enfim, não podendo ir ao mercado... Para não falar
nas vidas humanas que estão se perdendo. Não interessa se é marginal ou não,
não interessa se é entre eles. Estão tirando vidas lá, naquela região da Cidade
e nas outras regiões. E a pessoa ainda tem que ficar muito quietinha e pensar
muito bem no que vai dizer antes de falar, porque ele tem filho que chega da
faculdade, ele tem filho que chega do colégio à noite, ele tem filho que volta
do trabalho, e ele próprio volta do trabalho. Eu vou dizer uma coisa: enquanto
não existir um mutirão superior à questão eleitoral, nós vamos passar por isso.
Há coisas que têm que ser superiores ao partido A ou ao B. Tem que existir um
mutirão de trabalho voltado à segurança desta Cidade, para a segurança dos
meus, dos seus filhos. A Brigada Militar tem feito o que pode. Ontem,
praticamente a cem metros da minha casa, do lado do supermercado Assum, por
volta das 20h, quebraram a tiros as pernas de dois; não demorou dois minutos e
a Brigada Militar estava lá! Mas o bandido, o marginal não avisa: vou fazer na
esquina A, depois vou para a esquina B! Se não existir um comprometimento de
todos os Governos com o social, com o aprendizado, com o estudo, com a
diversão... Não se fala mais sobre o trabalhador da semana toda ter o direito
de ir a uma praça e ter o mínimo de lazer para os seus filhos. Passa o tempo e
parece que todos estão adormecidos. Ontem eu estive neste microfone e apelei
com humildade, vamos trabalhar para isso! Não interessa se é o Governo do
Estado, o Governo Municipal ou o Federal o responsável, todos somos
responsáveis. Eu, por cuidar bem da minha família, e cada um pela sua e todos
juntos por todos! Está horrível! E anunciam pela imprensa que vai haver uma
paralisação da Brigada Militar, que ela vai agir parcialmente. Anunciam que a
Polícia Civil também vai parar parcialmente. Em outras palavras, tomara que não
seja o que estou pensando, que de certa forma estamos dando um alvará para o
abandono da Cidade. O que vamos fazer? Vamos continuar olhando, escutando e
dizendo que está bem? Perdoem, mas não está correto. Temos que devolver para a
Cidade o que ela faz por nós. Temos que devolver para o cidadão o que ele tem
direito. E ele tem muito pouco direito; ele tem o direito de levar a sua
família a uma praça, porque é o único lugar que restou, porque as pessoas não
têm mais dinheiro para outro divertimento, para outro lazer. Este é o nosso
lazer: levar na praça, pegar uma bicicleta, botar na mão do filho ou do neto e
deixar andar e ficar cuidando; ou levar o cachorro.
Então, eu quero dizer o seguinte: nós precisamos
nos unir, partido A, partido B, partido C, entidade X, entidade S, unir todos
num grande mutirão. Ou nós estamos dizendo que os homens intelectuais, os
homens realmente são inteligentes nessa Cidade não sabem o que estão fazendo.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, não vou incomodar os colegas
com os 2 minutos e 58 segundos de tiroteio na Mário Quintana, ontem; mais 3
minutos e 16 segundos anteontem, e hoje, a noite toda, tiroteio na Mário
Quintana. A nossa Brigada Militar não tem condições de combater isso, que
parece o Iraque. Não é nem a Rocinha, Ver. Paulo Brum: parece o Iraque, parece
uma praça de guerra. É isso que as nossas forças de segurança estão enfrentando
em Porto Alegre, é uma coisa absurda.
Hoje vi, nas redes sociais, que tem mais um
corpo esquartejado nessa região de Porto Alegre, prática nessa região de Porto
Alegre, da qual eu e o Ver. Mauro Pinheiro somos frequentadores e vizinhos.
Amarraram um corpo em quatro carros e puxaram. Então, eu acho que a situação
nessa região – o Ver. Paulinho Rubem Berta acabou de narrar aqui e também é uma
pessoa que mora na região – está totalmente fora de controle. Nunca vista,
nesta Cidade, foge a todos os padrões deste País. Nem no Rio de Janeiro se viu
tanta violência como está se vendo nessa região de Porto Alegre, para a qual já
pedimos, quando houve incidentes no Pronto Atendimento da Cruzeiro, que o
Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por total incompetência para tratar
desse tema, pedisse ajuda da Força de Segurança Nacional. É necessário! A nossa
gloriosa Brigada Militar, os nossos homens da Brigada Militar, a nossa Polícia
Civil, com toda a sua inteligência, a sua determinação, a sua vontade, não tem
como enfrentar esse armamento bélico, não tem condições de enfrentar as armas
que chegam na nossa região. Segunda-feira alguém pediu um minuto de silêncio
pela morte de um líder religioso de um bairro da região, que tomou quatro
tiros. No dia eu pensei que era tiro de revólver; mas não, tomou quatro tiros
de 12, saindo de um bar – espingarda 12 é um armamento de pequeno porte. O
armamento dessa região, que a TVCâmara captou, é armamento bélico visto
diariamente em guerras, em conflitos no Oriente Médio.
Então, eu acho que é necessário que a gente faça
esse encaminhamento ao Governo do Estado, juntamente com a Prefeitura. O Prefeito
já, por duas vezes, solicitou ao Governador que tomasse as providências
necessárias. Hoje, vários bairros da região estão há três dias com toque de
recolher. Hoje, várias escolas não tiveram aula, não por estarem participando
do movimento, só vão ter aula a partir de segunda-feira; já estão há dois dias
sem aula porque os professores e alunos não conseguem sair de casa. Vários
comércios fechados tal a violência na região. Então, eu encaminho, em nome da
minha bancada, para que a Comissão de Direito Humanos para que a Comissão de
Direitos Humanos, para que a Presidência da Casa, a Mesa Diretora, os Líderes
da Casa, encaminhem junto à Prefeitura um documento para o Governo do Estado
pedindo as providências imediatas para que cesse esse conflito na Região Leste
de Porto Alegre, que compreende os bairros Bom Jesus, Vila Jardim, Mário
Quintana, Passo das Pedras, Rubem Berta. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ENGº
COMASSETTO:
Prezado Presidente Ver. Cassio Trogildo; colegas Vereadoras e Vereadores, em
nome dos nossos partidos de oposição – PT, PSOL e PCdoB –, precisamos, sim,
fazer uma reflexão e trazer aqui, também, a postura de que existem, sim,
responsáveis pela situação que estamos vivendo hoje em Porto Alegre e a
situação que estamos vivendo no Rio Grande do Sul. Primeiro, o tema da
segurança, ou melhor, da falta de segurança é o tema número um em todas as
comunidades por onde passamos, e o apelo que fazem a todos nós é o mesmo que
fazem ao Poder Público, à estrutura e assim por diante.
E aqui temos uma reflexão: primeiro, o Governo
Sartori, que é o responsável pelo comando da segurança pública no Rio Grande do
Sul, está desconstituindo a política no Estado. Hoje há um artigo, no jornal O
Sul, do nosso colega licenciado, Ver. Alberto Kopittke, que traz essa reflexão.
Porque o Sartori não apresentou até hoje nenhum programa para o Estado do Rio
Grande do Sul que tenha consistência; ele continua apresentando propostas que
são um vazio completo, são uma elaboração de marketing. E que ele fala, fala e fala e não diz nada nunca e não
apresenta nenhuma solução completa. Primeiro, que houve e há um desmantelamento
da estrutura da segurança pública no Rio Grande do Sul. O Delegado Cleiton,
nosso colega, sabe o que está realmente acontecendo: há uma desmotivação
completa no funcionalismo, há um desrespeito completo pelo funcionalismo, sem
contar esses parcelamentos irresponsáveis, porque o Governador disse que não
iria atrasar o salário do funcionalismo nenhum dia. Disse isso na campanha, até
porque contrapunha, naquele momento, com o Governador que estava em exercício,
Tarso Genro, que dizia “nós pagamos em dia e continuaremos pagando em dia
independente da crise”. O que ele disse? Nós também continuaremos. Só não disse
quais os salários. Os únicos salários pagos em dia são os do Governador e dos
Secretários. Enquanto isso, a Brigada Militar não tem estrutura para se
locomover. Ver. Clàudio Janta, nós precisamos aqui também fazer a crítica e a
autocrítica. Nós temos tranquilidade para cobrar do Governador, porque não
fizemos campanha para ele e não votamos nele, e dissemos que isso iria
acontecer. Portanto, neste momento, nós precisamos aqui constituir um novo
campo de aliança – pelo menos ele é o nosso Governador, nós não somos do golpe:
se um opositor ganha, ele não tem que governar. Agora, aqueles que vieram aqui
defender o Governador em toda sua dimensão, nós estamos convidando-os para que
se alinhem à nossa posição, para que este Governo diga para o que veio – este
Governo tem que dizer para o que veio.
Sobre a gravação que o senhor mostrou aqui, do
bairro Mário Quintana, isso não acontece só lá; ontem, foram cinco minutos
incessantes de tiroteio. Bom, acontece na Restinga, no Rubem Berta, no Mário
Quintana, no Sarandi, no Morro Santa Teresa, no Centro da Cidade – isso está
disseminado em todas as dimensões.
Portanto, Sr. Presidente, creio que nós
poderíamos constituir um pacto nesta Casa e oferecermos para Porto Alegre algo
que a Cidade ainda pode fazer, Ver.ª Sofia Cavedon. Nós aprovamos a
constituição de uma Secretaria Municipal de Segurança...
Eu quero registrar aqui, em nome dos partidos de
oposição, que até agora não sabemos para que veio esta Secretaria Municipal da
Segurança. Aqui está tramitando um conjunto de projetos de diversos colegas
Vereadores que trata do tema segurança. Eu creio que poderíamos fazer um pacto,
pegar todos esses temas, levar para a Mesa e propor uma alternativa a partir da
nossa capacidade, junto com o trabalho que a Presidência está fazendo, um
debate do tema da segurança; enfim, essa é uma medida que podemos fazer. Vejo
aqui colegas Vereadores e Vereadoras, vários têm iniciativa dentro desta área.
Bom, podemos fazer isso? Acredito que podemos fazer e, a partir das comunidades
onde temos relações, propor um propor um programa de segurança comunitária em
Porto Alegre, integrado com o que existe, que é muito pouco, não existe a integração.
Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, todos que nos assistem. Nobres colegas, a coisa mais fácil é quando
meu time joga mal, e eu digo que a culpa é do goleiro, do zagueiro, do meio de
campo, do ponta direita, que não cruzou a bola – é a coisa mais fácil. Jamais –
vou para o oitavo ano aqui – vim falar de Governador, de Prefeito, de quem quer
que seja, de alguma bandeira, de algum partido. Uma palavra, uma fala me deixou
muito emocionado – acho que seguiríamos nesta fala –, porque é o Brasil todo
que está nesta guerra; não é só Porto Alegre. Eu viajo para Minas e vejo... Em
Goiânia é a mesma coisa! No Rio de Janeiro, agora tem um exército lá dentro.
Foi a fala do Paulinho Rubem Berta, porque ele nos chama para ajudar no
combate, porque não é uma pessoa,
não é o Governador, não é o Prefeito. Gente, vamos também colocar esta culpa
para nós, vamos ajudar também. Vamos assumir! Sim, vamos assumir essa culpa,
porque nós temos filhos, netos e caminhamos nesta Cidade. E para você ir a uma
escola, Sofia, tem que ter segurança; para ir ao hospital tem que ter
segurança; para qualquer coisa que tu fores fazer, até em lazer, tem que ter
segurança! Não é bem assim, não são somente o Governador e o Prefeito que têm
obrigação – eles têm, sim, obrigação, não vamos tirar a obrigação deles –, mas
vamos nos colocar também, como sociedade, todo mundo fazendo a sua parte. Como
o Paulinho disse: vamos cada um cuidar da nossa casa para, depois, jogar pedra
no telhado dos outros. É muito fácil falar, eu só vejo isso aqui! E o duro
disso tudo é que, quando termina a eleição, está tudo bonito; quando falta um
ano para a outra começar, está tudo errado, tudo errado! Eu venho aqui,
Paulinho, para falar lá do passado. Não estou falando aqui de PT, estou falando
do passado deste País – isso já vem de muitos, muitos anos, não é de agora.
Então é lamentável o que está acontecendo neste
País. É lamentável! Eu gostaria de nunca mais vir aqui para falar sobre
segurança, sobre educação, sobre saúde – Janta, eu sempre disse isso –,
enquanto nós não olharmos para o futuro de nosso País, que são as crianças, os
jovens, os adolescentes, enquanto eles não tiverem os seus campinhos, as suas
escolas direitinhas para o seu lazer, para os seus sonhos, para eles
sonharem... E nós estamos fabricando. E eu vou passar, Janta, muitos vão
passar, todos nós, e vai vir outra fábrica, vão vir outras personagens, isso
não vai acabar. Isso só vai acabar se nós dermos condições para essas crianças,
jovens e adolescentes sonharem com alguma coisa. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, inclusive os colegas que me
antecederam; Ver. Paulinho Ruben Berta, que, desde ontem, vem mostrando a sua
preocupação e a gente tem algumas histórias conjuntas de lutas pelos direitos
do nosso povo na Zona Norte de Porto Alegre; Ver. Janta, Ver. Tarciso, Ver.
Comassetto, Ver. Adeli, enfim, a Ver.ª Sofia também se manifestou. Não é um
momento qualquer que nós estamos vivendo, e não é por acaso que nós estamos
vivendo o que, há pouco, foi inclusive mostrado aqui: o som dos tiroteios. Eu
fui Vereadora há quase 34 anos, esse tempo passou. Fui Vereadora de uma Porto
Alegre que lutava pela democracia, lutava contra a ditadura militar, lutava
pelo significado da participação popular como fator estratégico para construção
de projetos de desenvolvimento. O tempo passou, passamos pelo neoliberalismo na
Nação brasileira, que deixou uma herança cruel. Eu sempre acho que a história é
nossa aliada quando nós precisamos ver o que fazer, quando nós chegamos ao
limite como nós estamos chegando. Vivenciamos, quero dizer aqui com toda a
convicção, para o enfrentamento do neoliberalismo e da herança cruel que ele
deixou, a eleição de um operário, Presidente do Brasil, e, depois, de uma
mulher. E, falando em mulher, quero dizer que quem mais sofre com tudo, com
esse caos e com o que está acontecendo são as mulheres, sãs as mães – e digo
isso como mulher e como mãe, porque não estou apartada, nenhum de nós está
apartado do caos que nós estamos vivendo. Vivemos a busca, com o Lula e com a
Dilma, cotidiana, com a herança do neoliberalismo e com as dificuldades
objetivas daqueles que não admitem que os trabalhadores tenham ascensão e
conquistem uma vida melhor, a busca de um projeto nacional de desenvolvimento
econômico com justiça social. Hoje, vivemos um golpe no Estado Democrático de
Direito, e, quando há um golpe no Estado Democrático de Direito, vai-se a
democracia! E, quando a democracia retrocede, retrocedem todas as conquistas
sociais! É invertida a lógica do crescimento com políticas públicas geradoras
do próprio desenvolvimento e dos direitos humanos, e se instala o caos!
Instalou-se um caos na Nação brasileira. É na União, no Estado e no Município.
É Temer, Sartori, Governo Fortunati e Melo, candidato da continuidade do
esgotamento na Nação brasileira, no Estado do Rio Grande do Sul e na cidade de
Porto Alegre. Um Governador cujo discurso e projeto é penalizar os servidores
públicos de todas as áreas estratégicas, servidores que são esteio, seja no
Município, Estado ou União – falo isso como servidora pública –, sem
investimento, com política de cortar salários dos servidores estruturantes para
que um Estado possa ter desenvolvimento. Está instalada a violência. Está
instalada a política pública. Não existe política pública de moradia, não foi
feita a reforma urbana! Porto Alegre não cumpriu as metas da reforma urbana!
Não cumpriu sequer as metas do Programa Minha Casa, Minha Vida, nem da
mobilidade urbana. O Estado, como União, estados e municípios, o poder do
Estado tem ser indutor de desenvolvimento e não do caos. Está instalado o caos
na Nação brasileira, no Estado do Rio Grande do Sul, e Porto Alegre é
consequência também. Lixem-se os pobres! Façam-se políticas para aqueles que
têm os interesses econômicos sobre uma cidade, um estado, um País. Lixem-se os
trabalhadores! Matem-se entre si! Uma Cidade sem planejamento estratégico, com
crescimento desordenado por não realização da reforma urbana. Cidade que não
usa sequer a tecnologia à disposição para resolução dos seus problemas. Sem
dinamização da economia, não há garantia do direito à cidade. Cada vez mais,
Porto Alegre retrocede no tempo, no espaço, e a insegurança, então, está
instalada, sem política de ocupação dos espaços urbanos, sem uma economia
criativa. Não é qualquer coisa o que estamos vivendo.
E esta Câmara Municipal, que projeto, que
proposta nós podemos ter num Estado nacional, do próprio Estado do Rio Grande
do Sul, numa Cidade que não desenvolve, que não aproveita o significado,
inclusive, da participação popular do seu povo para ser indutora do
desenvolvimento? Eu acho que nós temos responsabilidades também. Cada um de nós
deve estar cumprindo a sua. Nós, do PCdoB, cumprimos a nossa! E a maior
responsabilidade neste momento é nos contrapor a todos aqueles, seja na União,
no Estado ou no Município, que desmontam a democracia, porque sem democracia é
o caos, vão-se todas as conquistas dos trabalhadores, e quem sofre é o povo
trabalhador que está lá garantindo com o seu trabalho, sem nenhuma política
pública, de uma forma desordenada, inconveniente para o significado da vida
desses homens, dessas mulheres e dos seus filhos – são esses que sofrem com o
caos instalado na Nação brasileira.
Por isso trago para esta discussão a questão da
democracia, porque vivenciei a ditadura militar nesta Casa e estou vivenciando
hoje um outro tipo de ditadura através de um golpe que retirou a democracia.
Realmente, a esta altura da vida... Ver os próprios trabalhadores se matando
por conta da falta de um Estado democrático e de direito tem que ter aqui a
indignação de quem vivenciou a ditadura militar, de quem lutou pela democracia.
Não adianta tergiversarmos, a questão central é esta. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Cassio Trogildo; demais
Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, cheguei a Casa hoje e estava
escutando, aqui no plenário, o Ver. Clàudio mostrando os áudios do tiroteio de
ontem, principalmente na Zona Norte de Porto Alegre. Como todo mundo sabe,
resido na região, meu irmão tem comércio na região, na qual tive minha origem;
trabalhando junto com ele, tenho um escritório político dentro do Rubem Berta –
inclusive, o Ver. Paulinho Rubem Berta, que também está hoje conosco, mora na
região. Ver.ª Jussara Cony, sempre atuante na área, nos últimos dias tenho
estado muito preocupado com a situação da segurança como um todo: do nosso
Estado, da nossa Porto Alegre e, principalmente, daquela região da Cidade, Ver.
Clàudio Janta, que mora ali na região, pelas coisas que têm acontecido. Ontem à
noite realmente foi muito forte o tiroteio na região, e isso vem acontecendo ao
longo dos tempos e cada vez tem se intensificado mais. Claro que a gente sempre
lembra da polícia e da segurança num momento desses.
Eu quero dizer que nos preocupa essa disputa
pelo tráfico, mas o grande problema não é só esse; o nosso grande problema é
que a Zona Norte hoje vive uma situação complicada porque isso vem se agravando
ao longo dos dias e dos anos. A grande maioria das ocupações irregulares que nós
temos por falta de moradia, Ver.ª Jussara, são na região da Zona Norte, onde
nós temos várias vilas irregulares. E a culpa não é deles. O problema é a falta
de moradia que eles têm. Então o Poder Público tem cometido graves erros ao
longo dos anos. E não é o Prefeito Fortunati, não é o Governador Sartori, é o
que vem acontecendo ao longo dos anos pela falta de moradia, falta de condições
sociais, falta de trabalho. E, neste momento, a crise econômica que nós
atravessamos no nosso País vai agravando mais ainda a dificuldade de as pessoas
terem um bom emprego, de terem condições de pagar a escola de seu filho... Isso
tudo vai se juntando e vai conturbando a situação. Mais a grave crise, a falta
de pagamento de salário do funcionalismo público, da própria Brigada Militar,
com o brigadiano trabalhando o mês inteiro e recebendo, no final do mês, R$
650,00 por falta de condições de o Estado prover aquilo que é de sua
responsabilidade.
Então a situação vai se agravando e nós temos que buscar não
somente a segurança pelo policiamento, Ver. Tarciso, mas, sim, um conjunto de
ações que precisam ir para a periferia da cidade de Porto Alegre, não só do
Rubem Berta, mas da Restinga, do Santa Teresa, da Cruzeiro. Neste momento, o
problema está muito acirrado na Zona Norte, principalmente na Mário Quintana,
Timbaúva, na Cohab Rubem Berta, Bom Jesus, Vila Jardim. Então nós temos que ter
preocupação em buscar não só policiamento, mas melhores condições sociais para
toda aquela comunidade sofrida do Rubem Berta, da Zona Norte de Porto Alegre,
que, muitas vezes, parece ser esquecida. O Ver. Clàudio Janta mostrou antes
aqui o áudio, e eu quero mostrar uma foto que demonstra o que aconteceu ontem
na Zona Norte. (Mostra fotografia.) Nós temos aqui uma cabeça jogada na frente
do supermercado Guarapari, na rótula do Guarapari, que todos nós conhecemos. O
que está acontecendo lá já foge ao controle das nossas autoridades municipais e
estaduais. Nós precisamos garantir a segurança da Cidade como um todo, mas a
Zona Norte urge; nós precisamos, rapidamente, fazer uma ação, e não uma ação do
Ver. Mauro Pinheiro ou do Ver. Clàudio Janta, mas do coletivo da política de
Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul, até mesmo com os órgãos
nacionais, para que possa ser garantido o direito de ir e vir das pessoas.
Hoje, o bairro Rubem Berta, na parte da noite, está praticamente deserto, as
pessoas têm medo de sair às ruas. E não é só à noite, mesmo durante o dia as
pessoas não estão transitando nas ruas, elas têm medo de andar nas ruas, até mesmo,
Ver. Clàudio Janta, aquelas pessoas que trabalham no tráfico, porque hoje o
tráfico já é quase uma profissão na cidade de Porto Alegre e no Estado do Rio
Grande do Sul, nós temos que garantir a segurança deles mesmos. Eles estão se
matando entre as gangues rivais, e isso é pior do que acontece no Estado
Islâmico, porque lá é uma questão de ideologia, e aqui é uma questão de
sobrevivência. Nós, como políticos, precisamos estar unidos para trabalhar não
só pela segurança, mas pela parte social daquela região, que está tão
necessitada neste momento. Conclamo todos os Vereadores, Deputados do nosso
Estado, os Deputados Federais do Rio Grande do Sul, para juntos buscarmos uma
saída para melhorarmos a situação de segurança na nossa Cidade e em nosso
Estado. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DR.
GOULART: Sr.
Presidente, Ver. Cassio Trogildo; meus colegas Vereadores e Vereadoras, é uma
lástima a gente ter que ouvir esse discurso feito pelo nosso querido Ver.
Mauro, piorando o prognóstico da saúde, pois são causas externas de mortes, a
violência é classificada como causa externa de morte. Que pecado, que tragédia!
Eu queria aproveitar este momento de Liderança
para falar sobre um compromisso que vou pedir que o nosso partido faça em todos
os programas que vão acontecer pelo PTB daqui para frente: que seja incluído um
cuidado especial com o Hospital São Pedro. Muitas pessoas imaginam que o Hospital
São Pedro tenha terminado, porque houve aquele rumor da luta antimanicomial, e
houve uma apresentação de muitos movimentos culturais de teatro e de dança no
São Pedro, e as pessoas acham que não funciona mais no São Pedro. Ele funciona
em três aspectos: no cuidado das pessoas antigas que estão lá, é claro que
diminuiu bastante, porque se pulverizou isso em outros hospitais, mas há alguns
alienados que moram no Hospital São Pedro, que são cuidados; segundo, os que
são internados nesse momento, principalmente, usuários de drogas e, terceiro, o
acolhimento de urgências de consultas que eles dão por lá.
E por que é importante a gente quantificar isso
aqui e mostrar? Porque há um rumor de que não há interesse pelo Hospital São
Pedro, de que ele poderá fechar nos próximos momentos. Começou da seguinte
maneira: os financiadores da Saúde pagam para uma clínica R$ 28 a diária da
internação, ao passo que ao Hospital São Pedro, essas mesmas fontes pagam R$ 6,
mostrando que existe algum rumor com fundamento a respeito da desnecessidade
pensada pelo Hospital São Pedro. Estivemos lá na reunião, a Ver.ª Lourdes
Sprenger tem feito reuniões palpitantes na Comissão de Saúde, reuniões
excelentes e importantes, e a gente pode ajudar. Nesse caso a gente pode
ajudar. Imagino até que a gente tenha que fazer uma Frente Parlamentar
Pró-Hospital São Pedro. Um hospital centenário, hospital que usa técnicas de
psicoterapia que não devem nada a determinados locais de nota nos Estados
Unidos, conta com excelentes profissionais – uma velha guarda que passa para
uma média guarda, que passa para a juventude, como as coisas devem ser.
Claro que a redução do trabalho do Hospital São
Pedro foi por aquela luta dos hospícios feitos pela escola italiana dizendo que
os doentes mentais não tinham que ficar hospitalizados porque eram maltratados.
E começaram a colocar na rua pessoas que não poderiam estar na rua, deveriam
estar sob cuidados médicos dentro de um hospital. Que se fiscalize, que se
cuide dos hospitais para doentes metais, eu acho que é verdade; que muitos
deles sejam encaminhados para hospitais gerais também é verdade. Mas um
hospital tipo manicômio é necessário e precisa continuar. Imaginamos que a
população de rua está do tamanho que está por que motivo? Porque a gente passa
pelos viadutos e vê que estão completamente lotados de pessoas; as praças com
casinholas, com puxadinhos, com coisas a céu aberto em lugar público, sujeira
no lugar público. Certamente, algumas pessoas dessas não transitam bem das suas
faculdades mentais, provavelmente precisariam de CAPS, precisariam de uma
hospitalização.
Não descuidemos do Hospital São Pedro. Vou
conversar com a Ver.ª Lourdes Sprenger para fazermos uma Comissão Parlamentar
para implemento do Hospital São Pedro, para cuidar do Hospital São Pedro e não
deixar derrocar um dos pontos científicos e de tratamento da saúde maravilhoso,
como é o Hospital São Pedro. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. MÁRCIO BINS
ELY: Presidente Cassio Trogildo, na pessoa de V. Exa.,
cumprimento os demais Vereadores e Vereadoras; público que nos assiste aqui nas
galerias do plenarinho. Acredito que algumas ações precisam, realmente, ser
implementadas, e ouvi, atentamente, os Vereadores que me antecederam,
especialmente no que diz respeito ao tema da violência. Eu queria fazer uma
analogia a essa situação que envolve, neste ano, a realização dos Jogos
Olímpicos no nosso País e falar do trabalho que pode ser realizado, a partir de
uma análise dessa oportunidade e daquilo que pode representar a inclusão social
através do esporte.
Com muita honra, Ver. Dinho do Grêmio, Ver.
Tarciso, nós temos aqui alguns atletas que hoje têm a responsabilidade de representar
a nossa Cidade junto ao Parlamento, que a eles foi delegada a responsabilidade
de estarem aqui, representando o povo de Porto Alegre, por suas ações, por tudo
que representaram e pelo que representam. Quero, especialmente, trazer questões
vinculadas à questão da hierarquia, da disciplina e ressalto que o esporte,
como inclusão social, é algo muito importante, muito relevante. Pode ser uma
resposta importante a essa questão toda da violência, que vem assolando a nossa
sociedade. Quero dizer que tive a honra, em 2006, Ver. Paulo Brum, de responder
pela Secretaria de Esportes em Porto Alegre. Hoje ainda encontrei o Bráulio na
Federação Gaúcha, nós tínhamos aquele projeto Em Cada Campo Uma Escolinha, Ver.
Tarciso; hoje é aniversário do Bráulio, não esqueça de dar uma ligada para ele.
Eu tenho, casualmente, dois projetos de lei,
duas iniciativas deste mandato que dizem respeito a esportes olímpicos: o
primeiro deles é a Semana do Taekwondo.
Sempre fui muito ligado às artes marciais, sempre gostei muito de exercitar as
artes marciais, está aí o Dr. Thiago, que é um exímio lutador de caratê. A
gente sabe quão importantes são a disciplina e a hierarquia, e vemos o respeito
que as crianças têm por um professor de artes marciais. Então, eu quero dizer
que o Professor Leandro, que é um campeão nacional e internacional, pediu uma
força para difundirmos esse esporte que entrou recentemente no rol de esportes
olímpicos, Ver. Villela.
Também, sobre as maratonas aquáticas, que são
grandes distâncias percorridas a nado, nós estamos com um projeto incluindo
agora, para início de dezembro, Ver. Tarciso, o evento Maratona Aquática Cidade
de Porto Alegre no Calendário Oficial do Município, a pedido da Federação
Gaúcha de Desportos Aquáticos – quero citar o Marcos, do União, e todos aqueles
que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que a gente viabilizasse essa
iniciativa. E quero depois, obviamente, pedir o apoio dos nobres Pares para que
a gente possa aprovar esse projeto. Nós temos aqui nadadores que vêm tendo um belo
desempenho, como o Matheus Evangelista, que tem nadado 20, 30 quilômetros –
olhem, são grandes percursos nadando! –, e o Samuel e o Fernando nas maratonas
de 10 quilômetros. Neste final de semana, eu acompanhei os treinos da equipe
olímpica de natação da França, que treinou aqui no União, eu estive ali
conversando com o técnico da equipe da França e também tenho acompanhado alguns
eventos da natação master aqui em Porto Alegre. A gente vê como o esporte
imanta, daqui a pouco é também uma alternativa, assim como outras bandeiras,
como a da educação, que são muito relevantes e muito importantes para combater
esse quase estado de sítio em que estamos vivendo.
Hoje estamos em estado de sítio, minha filha não
foi para o colégio, Ver. Paulinho Rubem Berta, porque não tinha aula, já que
não tinha segurança, não tinha condições de pegar um ônibus, uma lotação sem,
daqui a pouco, perder o celular ou sofrer algum constrangimento. Então,
infelizmente, Porto Alegre, eu diria, Ver. Adeli, está quase virando um Rio de
Janeiro! Quando ia se pensar que botariam fogo em ônibus aqui em Porto Alegre,
Janta? Então, realmente, o tráfico chegou aqui, a gente precisa ter uma
resposta, a gente quer dar aqui a nossa contribuição dentro da nossa limitação,
porque cada um tem que dar o passo do tamanho da sua perna, mas vamos ver de
que maneira a gente pode contribuir nesse processo. Fazendo essa analogia, acho
que é importante a oportunidade de termos aqui no nosso País a realização das
Olimpíadas, vamos ver se a gente consegue incentivar a nossa juventude a se
inserir em contextos esportivos e atividades culturais.
Ver. Delegado Cleiton, agora se avizinha o
Acampamento Farroupilha, acho que o tradicionalismo, os CTGs, a conivência do
avô com o neto, do pai com o filho, o ambiente tradicionalista também é muito
favorável. Então a gente quer trazer esse sentimento de preocupação com essa
situação, uma quinta-feira obscura na nossa Cidade, mas também querendo
encontrar alternativas para enfrentarmos essa realidade, porque a gente tem que
dialogar com o futuro. O retrovisor é desse tamanhozinho, e o para-brisa é
desse tamanhão; então temos que olhar para frente. São essas as considerações
que fazemos aqui neste período de Liderança. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DR.
THIAGO: Quero
mandar uma saudação toda especial a todos os oftalmologistas do Estado.
Aproveito as lentes da TVCâmara para fazer isso. Quero agradecer muito a
deferência do Ver. Dinho e do Ver. Pujol para que, nesse muito breve espaço de
tempo em que o Ver. Pujol se ausenta – e foi solicitação também do Ver. Dinho
–, assumamos a Liderança do Democratas. O Ver. Pujol é o nosso presidente do
Democratas no Município, o Deputado Onyx é o nosso presidente do Democratas do
Estado, e nós, com muita honra, mas com muita dificuldade pela qualidade do
Ver. Pujol e por deferência do Ver. Dinho, estamos assumindo esse espaço.
Acho que vivemos, a cada dia, a cada semana que
se passa, outros tempos na política. Acho que a política, junto com a
sociedade, tem se modernizado. A política, junto com a sociedade, está se
modificando seja pela forma de se fazer política, uma política mais clara, em
que as pessoas têm uma posição mais clara, mais direcionada, quanto pelas
alterações que têm sido feitas. Elas iniciam por alterações eleitorais e por
outros processos legislativos que a Câmara Federal leva adiante a partir de
agora, a partir de sugestões dos procuradores federais. Então temos essa honra
aqui no Rio Grande do Sul. Quem acolheu essas demandas vindas dos procuradores
da República, do próprio Juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, foi o relator
desse processo: o Deputado Onyx, do Democratas. É o único Deputado do Democratas
do Sul do País; no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, é o único
Deputado que o nosso partido tem. Nós rogamos a ele que tenha bastante clareza,
bastante sorte, bastante empenho na redação desse projeto, que é de suma
importância para este País. É um projeto que, certamente, vai modificar hábitos
que não são só da política.
O problema do País não é a política, assim como
o problema do atendimento médico não são os médicos, exclusivamente. Eu vi,
ontem, a manifestação do Ver. Adeli Sell aqui, mas não tive oportunidade de
repor o meu pensamento. É claro que existem médicos que não são corretos, que
nem podem ser considerados médicos, como, por exemplo, esses que fazem
procedimentos desnecessários em pacientes, que foram apontados nas duas CPIs,
federal e estadual, quanto à situação das próteses. Esses nem são médicos! Os
que indicam stents desnecessários e
que prescrevem medicação desnecessária nem são médicos; são qualquer outra
coisa, são picaretas, não são médicos. Claro que, na política, também temos
profissionais que agem de forma errada, mas não é a maioria, não é um grande
contingente, não. É importante que a sociedade saiba disso. Por exemplo, neste
Parlamento, a grande maioria é de pessoas bem intencionadas. A gente tem
diferenças ideológicas, diferenças de pensamento, sobre como fazer as coisas.
Nós esperamos e rogamos para que o Deputado Onyx
consiga fazer um excelente trabalho não só pelo Rio Grande, não só pelo Sul do
País, mas pelo Brasil. Acho que vai ser importante para todos nós. Sem dúvida
nenhum quis saudar, pois é difícil quando um partido está pequeno e assume
posições relevantes. Então temos que saudar. E rogamos para que o Presidente da
Câmara Rodrigo Maia, que também é do Democratas, acerte. O País precisa passar
a página de pessoas como Dilma, Lula, Eduardo Cunha. Tomara que a gente possa
em pouco tempo ter um caminho diferente para esta Nação. Quero agradecer a
todos, especialmente ao Ver. Dinho e ao Ver. Pujol, pela confiança.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 15h31min): Havendo quórum,
passamos à
Novamente, repito uma orientação que fiz no início da
Sessão. Hoje, por uma decisão da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes, teremos
a permanência no Plenário de apenas um assessor por Bancada. Gostaria que todos
nos ajudassem para que cumpríssemos esse requisito. Da bancada do Governo e da
oposição, teremos um assessor e, do Executivo, apenas um assessor, acompanhando
o Plenário. Quando houver um assunto específico, o assessor do órgão específico
poderá acompanhar. Gostaria que todos nos ajudassem. Não gostaríamos de ter que
passar pelo constrangimento de alguém ter que pedir o cumprimento deste
critério estabelecido e combinado. Então, peço que todos nos auxiliem para que
tudo possa transcorrer aqui como precisamos, com tranquilidade para darmos
seguimento.
O SR.
MÁRCIO BINS ELY (Requerimento): Sr. Presidente, solicito o adiamento da discussão do PLCL nº 007/15 por
duas Sessões.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Márcio Bins Ely. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Subemenda nº 01, de autoria do Ver. Clàudio Janta,
à Emenda nº 01 ao PLCL nº 011/15.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0249/15 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 011/15, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que altera a o inc. I do caput do art. 4º e inclui Anexos I e II
na Lei Complementar nº 740, de 16 de maio de 2014 – que institui o Estatuto do
Pedestre, cria o Conselho Municipal dos Direitos e dos Deveres do Pedestre
(Consepe), revoga a Lei nº 10.199, de 11 de junho de 2007, e dá outras
providências –, alterada pela Lei Complementar nº 745, de 29 de outubro de
2014, estabelecendo que, nas faixas de segurança, os retângulos transversais
mais próximos da calçada e do canteiro possuam formato de seta, contendo
dizeres que orientem o pedestre sobre o sentido do trânsito da via a ser
atravessada. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Waldir
Canal: pela existência de
óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 23-05-16 por força do
art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLCL nº 011/15. (Pausa.) O Ver.
Clàudio Janta está com a palavra para discutir o PLCL nº 011/15.
O SR. CLÀUDIO
JANTA:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, esse é um projeto que nós
construímos junto com a Fundação Thiago Gonzaga, junto com a Empresa Pública de
Transporte e Circulação, no sentido de que as faixas de pedestres tenham uma
seta indicando para as pessoas qual o sentido do fluxo dos veículos. As pessoas
descerão dos ônibus, distraídas, e verão essas setas indicando o fluxo dos
veículos – isso já existe em várias cidades do Brasil e em vários países do
mundo. Era uma reivindicação antiga que se tinha das entidades que defendem um
trânsito mais humano. Também apresentamos na emenda que fica a cargo da Empresa
Pública de Transporte e Circulação fazer o estudo das áreas onde isso tem que
ser feito. O nosso projeto era abrangente, era para toda a cidade de Porto
Alegre. Então, a emenda deixa bem claro que a EPTC é que fará o estudo de onde
serão colocadas as faixas. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 011/15.
(Pausa.) Os Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao
PLCL nº 011/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLCL nº 011/15. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY (Requerimento): Solicito a retirada da priorização de votação do
PLCL nº 003/14.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Márcio Bins Ely. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0351/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 022/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
institui o Programa Criança Sorridente no Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela existência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01 (empatado);
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela rejeição do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela rejeição do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CECE. Relator Ver. Dinho do Grêmio: pela rejeição do Projeto e da
Emenda n º 01;
-
da CEDECONDH. Relatora Verª Mônica Leal: pela rejeição do Projeto e da
Emenda n º 01 (empatado);
-
da COSMAM. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela aprovação do Projeto e
da Emenda nº 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 09-03-16.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLL nº 022/14. (Pausa.) O Ver.
Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir o PLL nº 022/14.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Boa
tarde, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; cumprimentando o Ver. Cassio
Trogildo, cumprimento todos, principalmente o público que nos assiste nas
galerias e pela TVCâmara; senhoras e senhores. Em primeiro lugar, eu gostaria
de agradecer o esforço da Liderança do Governo, que está colaborando para que
nós possamos constituir uma emenda e aprovarmos esse projeto, que tinha um
indicativo inicial de entendimento do Governo pela rejeição. O Projeto de Lei
Criança Sorridente nada mais é do que um projeto que tem por objetivo instituir
e reafirmar a importância e relevância de uma política pública prioritária para
a questão da saúde bucal. Porto Alegre avançou sobremaneira no que diz respeito
a equipamentos odontológicos nos seus postos de saúde. Estive visitando algumas
salas de atendimento odontológico, especialmente nas Ilhas – acho que já estão,
na agenda positiva da Cidade, Ver. Bernardino Vendruscolo, os cuidados com
higiene e saúde bucal, especialmente das nossas crianças.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Obrigado, Vereador. Evidentemente, tudo que é possível fazer em
benefício das nossas crianças precisamos respeitar e tentar construir. Agora,
quero lembrar a Vossa Excelência que o grande projeto, a matriz do seu partido
– colégio de turno integral –, parece que está se perdendo em Porto Alegre, só
para que possa fazer uma reflexão sobre isso, porque acho que é um dos maiores
projetos desta Nação, que está meio parado. Faço este registro,
cumprimentando-o.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY:
Eu agradeço, Ver. Bernardino Vendruscolo, e quero dizer que esta pauta da
escola de turno integral é, sem dúvida nenhuma, uma das principais bandeiras do
nosso partido e tem realmente uma relação direta com este projeto porque essa
modalidade de escola prevê que a criança faça o café da manhã reforçado, o
lanche da manhã, o almoço e, de tarde, mais uma vez, o lanche no turno inverso,
Ver. Paulinho Rubem Berta. Obviamente, se nós incluirmos na agenda positiva da
nossa Cidade os cuidados com a saúde bucal... Eu diria assim, um chavão que a
gente ouve muito: educar é criar bons hábitos, não é, Ver. Dr. Goulart? Se nós
pudermos criar o bom hábito nas crianças de escovar os dentes, usar o fio
dental de forma a não machucar a gengiva... É um pena que o Ver. Mario Manfro
não esteja aqui para dar seu testemunho a respeito desta iniciativa, porque sei
que foi favorável nas Comissões.
O Sr. Paulinho
Ruben Berta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero
agradecer pelo aparte e parabenizá-lo pelo projeto. Seguindo na mesma linha do
Vereador que me antecedeu, quero dizer que o colégio em turno integral, projeto
do seu partido, não é só pela alimentação da criança, mas pela segurança que
hoje este projeto traz às nossas crianças na nossa Cidade. Em tempos em que não
podemos ter uma criança na calçada, nem pessoas praticamente, a segurança delas
dentro da escola é muito importante. Estamos juntos nessa.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY:
Eu agradeço a Vossa Excelência, que traz mais um fator que agrega um valor
motivacional às famílias, que é o fato de que uma criança que está na escola,
Ver. Nedel, está com a sua mãe trabalhando, e a sua mãe está despreocupada,
porque ela tem certeza de que seu filho ali está sendo acolhido, está em
segurança, está entre quatro muros, está ali tendo uma orientação, muitas
vezes, esportiva.
Até, eu queria aqui cumprimentar todos aqueles que,
de uma forma ou de outra, vieram também fazer referência à nossa intervenção no
período de Líderes, quando nós falamos sobre a questão das Olimpíadas e da
inclusão social através do esporte, que tem a ver não somente com o momento da
Olimpíada, mas com essa pauta do projeto Criança Sorridente, com essa pauta da
escola de turno integral e, sobretudo, também despertar em nossos jovens e
adolescentes, Ver. Janta, um sentimento nacionalista, porque o esporte também
agrega.
Como é bom ver ali, na capa da Zero Hora,
principal jornal de grande circulação do nosso Estado, a foto da equipe da
seleção brasileira feminina, que ganhou um jogo contra a China – não é,
Professor Mocelin? Nosso sempre Secretário também, junto com o Bosco e outros,
que dedicaram suas vidas inteiras aí às causas do esporte, como é bacana vermos
o verde e o amarelo tremulando, os atletas segurando a bandeira! Hoje ainda, no
WhatsApp, recebi alguma coisa do Ayrton Senna, como era bonito vermos ele com a
bandeira, isso nos dava um orgulho, ainda nos dá um orgulho.
E o esporte também tem essa questão do nacionalismo, algo
que tem tudo a ver com a formação das nossas crianças; e tem tudo a ver também
com uma dentição boa, pois um sorriso bonito retrata autoestima, sim. Às vezes,
uma criança, uma pessoa nem se expressa direito quando tem um dente faltando,
ela coloca a mão na frente para falar, ela fala com a boca meio fechada, com
vergonha. Por que não mostrar, aprovar esse projeto, Paulinho Motorista, e
dizer que entendemos, sim, que a prevenção e os cuidados da saúde bucal das
nossas crianças e adolescentes devem ser uma prioridade na nossa Cidade? É isso
que estamos dizendo quando priorizamos uma política pública assim e aprovamos
um projeto como este que estamos propondo. Que possamos dar esse passo
importante, esse avanço importante aqui na Capital dos gaúchos, neste momento.
Eu agradeço especialmente ao Ver. Bernardino
Vendruscolo e ao Paulinho Ruben Berta, que se manifestaram em apartes aqui,
corroborando com o entendimento da aprovação deste projeto, e especialmente à
articulação da Liderança do Governo. Está aqui o Ver. Kevin Krieger, que nos
auxiliou, através de uma emenda, a sanar todo e qualquer vício que pudesse
apontar aqui para alguma dificuldade de aprovação, a fim de que pudéssemos ter
o entendimento não somente desta Casa, mas do nosso Governo também de que este
é um bom projeto para as pessoas e para a nossa Cidade. Essa é uma conquista
nossa, porque, juntos, nós podemos mais. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Apregoo a Emenda nº 02, de autoria do Ver.
Márcio Bins Ely, ao PLL nº 022/14.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Márcio Bins Ely, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 02 ao PLL nº 022/14
à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 022/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 022/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº 022/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1964/15 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 023/15,
de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que inclui inc. IX no parágrafo único do
art. 8º da Lei Complementar nº 694, de 21 de maio de 2012 – que consolida a
legislação sobre criação, comércio, exibição, circulação e políticas de
proteção de animais no Município de Porto Alegre e revoga legislação sobre o
tema –, incluindo o envenenamento de animais ou a colaboração para esse
propósito no rol de ações ou omissões consideradas maus-tratos aos animais.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 09-02-16 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por uma Sessão em 16-06-16.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLCL nº 023/15. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 2388/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/12, que altera os incs. I a IV, o parágrafo
único e revoga o inc. V do art. 1º da Lei nº 11.150, de 3 de novembro de 2011,
que autoriza o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) a desafetar e
alienar imóveis de seu patrimônio. Com
Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 20-04-16 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por uma Sessão em 27-04-16;
- adiada a discussão por três Sessão em 02-05-16.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLE nº 044/12. (Pausa.) A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLE nº 044/12.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA:
Sr. Presidente, lamentavelmente nós estamos assistindo a mais um projeto de
alienação de terrenos públicos municipais...
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Ver.ª Fernanda, só um segundo, por favor. Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, pessoal que nos acompanha na Sessão, está
impraticável a continuidade dos trabalhos. Solicito, por favor, a compreensão
de todos. Obrigado, Ver.ª Fernanda Melchionna.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA:
Eu que agradeço, Sr. Presidente. Agradeço o registro, porque de fato o barulho,
muitas vezes, atrapalha a nossa linha de raciocínio para poder debater um tema
bastante sério para a cidade de Porto Alegre. Afinal tem sido prática dessa
Administração vender os terrenos públicos municipais, tratando dos terrenos e
da gestão desses terrenos como se fosse, lamentavelmente, uma imobiliária. Uma
imobiliária que não atenta para as necessidades reais do povo de Porto Alegre.
A habitação é um dos grandes problemas da Cidade. Nós sabemos que há 50 mil
pessoas que não têm onde morar na nossa Capital, que temos 700 comunidades
irregulares. Nós sabemos que, lamentavelmente, os recursos federais estão
minguando e projetos como o Minha Casa, Minha Vida, que pouco saíram do papel
na cidade de Porto Alegre, cerca de 2 mil casas entregues, mesmo nesses últimos
anos existem boatos de que no futuro serão contingenciados. Então, nós
precisamos discutir o tema da moradia popular. Mais que discutir, apresentar
propostas concretas.
E nós apresentamos propostas concretas, como,
por exemplo, a criação de uma lista dos terrenos municipais que possam ser destinados
à habitação social. Nós queremos, sim, que haja uma política de identificação
dos vazios urbanos para que se possam fazer mutirões de habitação social; que
se tenha uma política de regularização fundiária nas comunidades irregulares;
que os terrenos públicos municipais sejam destinados àqueles que mais precisam.
Nós precisamos, sim, discutir a questão dos aluguéis sociais, que,
lamentavelmente, têm sido atrasados. E o povo tem sofrido, porque, perante o
proprietário, fica o locatário como se tivesse responsabilidade, e vemos o povo
desesperado para saldar uma dívida que não é sua, mas da Prefeitura de Porto
Alegre, que atrasa o pagamento dos aluguéis sociais. Vi isso recentemente lá no
bairro Navegantes.
Nós precisamos discutir as casas de passagem,
como a casa de passagem Frederico Mendes, aqueles empreendimentos já deveriam
estar prontos, do Programa Integrado Entrada da Cidade, já há mais de sete anos
as pessoas estão esperando, algumas no aluguel social, outras na casa de
passagem, mas o fato é que as famílias que deveriam ser beneficiadas pelo
programa até hoje esperam diante da morosidade da Prefeitura Municipal. Nós
precisamos discutir, sim, os remanescentes da Vila Dique, que querem ficar, são
centenas de família. O terreno poderia, sim, ser regularizado, garantindo o
direito à moradia digna; a Defensoria identificou a matrícula do terreno,
colocou-se à disposição com seus técnicos de, junto com o DEMHAB, avançar na
regularização e na busca por soluções técnicas, mas o DEMHAB não disponibilizou
seus técnicos. Nós fizemos audiência no ano passado, na Comissão de Direitos
Humanos. Precisamos discutir a situação das populações que vivem em área de
risco e que todas intempéries sofrem diante da ausência de políticas
habitacionais. Precisamos discutir a população em situação de rua, que aumentou
sobremaneira na cidade de Porto Alegre, basta passar pelo Viaduto da Borges,
para ver as consequências da crise econômica, do desemprego; as famílias vêm do
Interior buscando uma alternativa na Capital e muitas vezes não conseguem
emprego, e, ao mesmo tempo, nós não temos uma política concreta, apenas o
aluguel social para alguns, nem para todos. Não existe a transitoriedade das
políticas para garantir que os 3% previstos para os programas habitacionais
sejam destinados para a população em situação de rua.
Nós precisamos, portanto, ser sérios quando
analisamos um projeto como este, que propõe analisar cinco terrenos municipais.
Qual é o tamanho desses terrenos? Quantas famílias poderiam morar nesses
terrenos? Por que os vender? Que responsabilidade tem com as famílias da cidade
de Porto Alegre, que tanto esperam por uma política habitacional que possa
garantir que as famílias possam dizer onde moram, como dizia aquela campanha da
CNBB – Onde moras? –, que tantas vezes o meu colega e agora Dep. Pedro Ruas
falou nesta tribuna. Eu agradeço a atenção dos colegas e a garantia desses
segundos para poder concluir, mas eu espero que esse projeto seja discutido, e
muito mais do que esse projeto, que a política habitacional da cidade de Porto
Alegre seja debatida.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. KEVIN
KRIEGER (Requerimento): Presidente, eu queria solicitar o adiamento da
discussão do PLE nº 044/12 por uma Sessão.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Kevin Krieger. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2017/15 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 024/15,
de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que inclui parágrafo único no art. 45 da
Lei Complementar nº 694, de 21 de maio de 2012 – que consolida a legislação
sobre criação, comércio, exibição, circulação e políticas de proteção de
animais no Município de Porto Alegre e revoga legislação sobre o tema –,
determinado que, em caso de apreensão de aves em rinhas, essas sejam
encaminhadas para albergagem e doação e proibindo seu abate. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto
e da Emenda nº 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 09-03-16 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por uma Sessão em 16-06-16.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLCL nº 024/15. (Pausa.) A Ver.ª
Lourdes Sprenger está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/15.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, nós, que atuamos, por longos
anos, na causa animal, temos muitos pedidos em relação ao combate aos
maus-tratos. E essa violência hoje também está resultando nas nossas vidas,
porque quem maltrata os animais também pode maltratar um ser humano, de uma
forma ou outra. Este nosso projeto com relação às rinhas de galo é originário
de um problema que ocorreu e que vem ocorrendo em cidades próximas, como ali em
Lajeado, onde foi detectado o jogo, a rinha. Quando a polícia e o IBDF foram ao
local, eles não tinham onde albergar esses animais. Então fizeram um ato
“maravilhoso”: retiraram os animais dos maus-tratos, mas mandaram incinerá-los,
porque não tinham onde alojá-los. Então esse projeto seria uma prevenção. Se
viesse acontecer aqui em Porto Alegre, o Ver. Adeli está aqui, foi um grande
companheiro na época em que lutávamos contra rinhas em Porto Alegre, foi um
grande parceiro nosso, em nos orientar sobre o que deveria ser feito quando se
detectasse a criação ou rinhas de galo em Porto Alegre, que existiam bastante.
Nós, atendendo, tivemos que ir ao local, nos chocamos com aquela situação: eu
defendo contra os maus-tratos, retiro os galos da rinha, mas mando incinerar,
fazer ração, como disseram popularmente. É neste sentido, é educando.
E não seria só para retirar os animais, gostaríamos de ter
um local que os albergasse, mas para isso teríamos que ter uma prevenção, pois
hoje no meio ambiente está tudo muito mudado. Porto Alegre não tem um Cetas,
como tem em Santa Maria, e muitos animais, pássaros que são retirados do
tráfico de animais, não se tem para onde levar. Essa é uma reivindicação antiga
desde os órgãos que fazem esse tipo de captação, mas nós não temos muito
sucesso. É um projeto singelo, mas que tenha uma repercussão de realmente
combater os maus-tratos.
(Não revisada pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir o PLCL nº 024/15.
O SR. ADELI
SELL: Colegas
Vereadoras e Vereadores, quero seguir o raciocínio da colega Lourdes Sprenger
feito há pouco, porque a legislação coibindo as rinhas de animais, galos e
cachorros em especial, em Porto Alegre, é de minha autoria, como a Vereadora
acabou de lembrar. Nós também acabamos com os animais em circos aqui em Porto
Alegre, foi uma lei pioneira. Quero lembrar aos colegas Vereadores que a
Lourdes Sprenger, militante da causa animal, foi determinante em muitos
projetos que apresentei aqui no passado. Se fizermos um levantamento, as
principais leis em vigor são de nossa autoria, mas na época apenas era o Ver.
Adeli que fazia esses projetos de lei, mas eram projetos oriundos de debates
quinzenais aqui no plenarinho. Infelizmente, depois se abandonaram, Ver. Alex,
os debates sobre esses temas, porque nós tratávamos do tema da proteção e dos
direitos dos animais não como um tema em si, não era algo ensimesmado, era algo
que estava dentro de uma política de sustentabilidade, de direitos, de
garantias, e a gente trabalhou, durante anos, essa visão. Mas, infelizmente, a
cada eleição – e a Lourdes sabe muito bem disso – aparecia alguém como se fosse
o único e o salvador da Pátria. Não se pode admitir que, em 2016, depois de
tantos anos de labuta, pelo menos, eu tive quatro mandatos aqui, e ninguém pode
se arvorar como o único defensor de uma causa. E a Lourdes sabe muito bem
disso, que nunca fizemos isso, pelo contrário, nós sabíamos, sabemos e
continuaremos sabendo que é preciso parceria, é preciso somar, e também não é o
número de projetos que a gente apresenta aqui que vai resolver o problema da
proteção aos animais. No caso do projeto da Ver.ª Lourdes, há um mérito adicional,
porque em conduzindo esses animais apreendidos, eles poderão servir como um
exemplo para a criançada, numa discussão nas escolas inclusive, de como deve-se
tratar um animal. Por que esse animal tem essas características? Por que ele
foi formatado? E aí entra uma discussão, inclusive, da Biologia. Portanto nós
temos que fazer uma escola viva, não uma escola sem isso, sem aquilo, que me
causa tristeza e até irritação. Porque a escola tem que debater tudo,
absolutamente, tudo. Nenhum assunto estranho aos seres vivos, homens, animais e
plantas, pode ser estranho a nós. E, nesta Casa, é importante que a gente
discuta essas questões dessa maneira – não é, Ver.ª Lourdes? –, sem alguns
passionalismos, que não levam absolutamente a nada. Creio, inclusive, não vão
enganar aos eleitores, porque, espero que, em 2016, as pessoas sejam cada vez
mais seres pensantes.
Como eu disse anteriormente, com o projeto das
mães e pais pela educação; pais e mães que abraçam os seus filhos, nas suas
contradições, nas suas demandas, vão às escolas. Assim temos que ser nós
olhando para as árvores, nem toda árvore pode ser preservada, ela pode cair e
matar pessoas; ela pode ser substituída numa política de compensação, como
discuti ontem com o Léo Bulling aqui. Por exemplo, nós temos uma região da
Cidade, onde tem uma araucária impressionante, só que ela não pode ficar
naquele lugar ad eternum, porque um
dia ela vai envelhecer. Quando ela já estiver envelhecida, vai cair, demolir um
monte de casas e matar pessoas, mas pode ser substituída por uma plantação de
araucárias, segundo as determinações da Fepam, junto com a SMAM, porque eu acho
que nem em Porto Alegre, talvez, caberia o seu plantio no momento. Então, são
essas coisas que a gente tem que discutir sem passionalismo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 024/15.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLCL nº 024/15. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLL nº
162/15 da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar à discussão e
votação do PLL nº 272/15. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia
Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Apregoo a Emenda nº 01, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon,
ao PLL nº 272/15.
Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª
Sofia Cavedon, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 272/15 à
apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2792/15 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 272/15,
de autoria da Verª Sofia Cavedon, que estabelece normas de controle da
comercialização de bebidas e de produtos alimentícios nos bares e nas cantinas
de hospitais e de centros de saúde, públicos ou privados, no Município de Porto
Alegre e dá outras providências.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e
COSMAM. Relator-Geral Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 16-05-16.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLL nº 272/15. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir o PLL nº 272/15.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Em
primeiro lugar, quero agradecer à assessoria do Governo que ajudou aqui. Nós
apresentamos uma Emenda, num diálogo com o Governo, Ver. Nedel, retirando o
art. 7º, que fazia determinações ao Executivo para incluir os critérios no
alvará. Então, esse é o sentido: trocamos as determinações ao Executivo por uma
multa em eventual descumprimento do que estamos propondo. Esse projeto de lei
repete, repercute, espelha para as cantinas hospitalares e para as cantinas de
clínicas médicas o que esta Casa já aprovou e já encaminhou para as cantinas de
escolas públicas e privadas. O que diz o projeto? Ele estabelece diretrizes
para a comercialização de alimentos e bebidas, que são diretrizes tiradas da
legislação federal, que é a garantia do direito humano à alimentação adequada,
a alimentação segura como prática necessária e direito do consumidor, a
confiança depositada pelos usuários no serviço prestado e a responsabilidade
governamental de proteger o consumidor. Depois, os artigos 3º e 4º vão dizer o
seguinte: que nós, resumindo, precisamos que essas cantinas ofereçam também,
com evidência, bem acondicionados, alimentos saudáveis, equilibrados e
balanceados, com nutrientes necessários à saúde e quantidades reduzidas de
açúcar, de sal e de gordura, priorizando-se frutas, verduras e cereais
integrais. No caso de comercializarem frutas, sanduíches, cereais, bebidas
lácteas, sucos e saladas naturais com boa qualidade nutricional, esses deverão
ser oferecidos com maior destaque, devidamente acondicionados e prontos para o
consumo. E ficam os bares e as cantinas de hospitais e centros de saúde
proibidos de comercializar bebidas e produtos alimentícios que contenham teor
alcoólico, ingrediente que seja comprovadamente prejudicial à saúde ou
ingrediente que possa causar dependência física ou psíquica, ainda que por
utilização indevida, e também que se restrinjam de expor cartazes publicitários
que estimulem a aquisição de balas, chicletes, salgadinhos, refrigerantes e
sorvetes. Por que isso, senhores? Porque pelos hospitais passam crianças e
adultos diabéticos. Bom, todos os que circulam em hospitais têm algum problema
de saúde. Esse projeto de lei vem da discussão das doutoras e nutricionistas do
Hospital de Clínicas, que me propuseram fazer isso, estender às cantinas
hospitalares também o que a gente já colocou para as escolas todas, porque os
paciente e familiares acabam não tendo alternativas, às vezes têm que ficar
vários dias nos hospitais acompanhando pacientes e não têm uma alternativa
saudável, acabam tendo apenas alimentos com excesso de fritura, com excesso de
açúcar, com excesso de gordura, com excesso de sal. Então esse projeto retira o
art. 7º na sequência e estabelece multa, que é baixa, educativa, de 100 Ufirs e
200 Ufirs na reincidência. Parece-me extremamente positivo o resultado, há
alguns anos, do projeto de lei que nós fizemos para escolas. Esses dias eu
encontrei o dono de um bar de uma escola muito conceituada e cara na Cidade de
Porto Alegre que foi se adequando a ponto de agora só ter alimentação saudável
a partir do debate que fizemos há alguns anos. Então é uma vitória deste
Legislativo que nós queremos estender para o conjunto das cantinas, em especial
onde as pessoas procuram saúde, nos hospitais e nas clínicas. Então eu gostaria
da parceria, do apoio, da construção coletiva do conjunto dos nossos Pares.
Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir o PLL nº 272/15.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, estamos discutindo o
projeto da Ver.ª Sofia Cavedon, que estabelece normas de controle da
comercialização de bebidas e produtos alimentícios nos bares e cantinas
hospitalares, centros de saúde públicos e privados. A ideia pode ser
importante, pode ser boa, mas nós, Vereadores, não temos competência para
legislar sobre a liberdade da atividade econômica. Nós estamos dizendo para as
empresas como é que elas têm que comercializar produtos alimentícios em certos
locais.
Ora, nos centros de saúde modernos, hoje, há
restaurantes anexos ou próximos que não são para os doentes; são para os
familiares que têm a liberdade de escolher o que eles querem comer ou beber.
Então, nós estamos interferindo na atividade econômica. Ver. Idenir Cecchim, V.
Exa. que é Presidente da Comissão de Finanças, ou seja, a nossa comissão de
desenvolvimento, nós estamos regrando, dizendo como, o que tem que ser vendido,
o que tem que ser comprado nas cantinas nos hospitais. Ora, a cantina de um
hospital é uma empresa comercial; ela é regulada pela Anvisa, tem toda uma
regulamentação. Então, nós estamos interferindo na atividade econômica. Ela
retirou, fez uma emenda ao art. 7º do projeto de lei que implica em
interferência na gestão municipal e impõe obrigação ao Poder Executivo, mas não
retirou a obrigação perante a atividade econômica. Quando a atividade econômica
é prejudicial à saúde, a Anvisa dá as diretrizes, e, nesse caso, a Vigilância
em Saúde da Prefeitura Municipal. Então, Ver.ª Sofia, pode a sua intenção ser
muito boa, mas eu fico defendendo a liberdade econômica.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 272/15.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, o PLL nº 272/15. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 15 votos SIM, 02 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. MENDES
RIBEIRO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a verificação de
quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Solicito ao 1º Secretário, Ver. Paulo Brum, que
proceda à chamada nominal para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
Mendes Ribeiro. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) Não há quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 16h28min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1904/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 178/15, de autoria do Ver. Adeli Sell, que
estabelece normas para a arrecadação e a encampação de imóveis urbanos
abandonados no Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 1363/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 155/16, de autoria do Ver. José Freitas, que
reconhece a pessoa com visão monocular como pessoa com deficiência.
PROC.
Nº 1447/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 138/16, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
altera o § 2º do art. 4º da Lei nº 6.442, de 11 de setembro de 1989 – que
estabelece a isenção do pagamento das tarifas de transporte coletivo do
Município de Porto Alegre aos excepcionais e seus acompanhantes, cadastrados pela
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Porto Alegre - APAE/POA, aos
menores “carentes”, matriculados ou vinculados a Fundação Estadual do Bem Estar
do Menor, FEBEM, e ao Movimento Assistencial de Porto Alegre, MAPA, e dá outras
providências –, e alterações posteriores, isentando as pessoas com deficiência
da renovação da carteira de identificação.
PROC.
Nº 1468/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 139/16, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que
institui campanha de prevenção ao câncer do colo do útero.
PROC.
Nº 1834/16 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 019/16, que declara de utilidade pública a
Entidade União Brasileira de Educação e Assistência - UBEA.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1045/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/16, de autoria do Ver. Mendes Ribeiro, que
institui o programa Escola de Ofício nas escolas da rede municipal de ensino.
PROC.
Nº 1349/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 126/16, de autoria do Ver. Rodrigo Maroni, que
estabelece regras para a guarda de animais de estimação nos casos de dissolução
litigiosa da sociedade e do vínculo conjugal entre seus possuidores.
PROC.
Nº 1437/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 136/16, de autoria do Ver. Rodrigo Maroni, que
obriga a castração química de estupradores de animais no Município de Porto
Alegre.
PROC.
Nº 1511/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/16, de autoria do Ver. Rodrigo Maroni, que
determina o custeio e a manufatura de casas térmicas para cachorros de rua pelo
Executivo Municipal.
PROC.
Nº 1604/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 162/16, de autoria do Ver. Rodrigo Maroni, que
obriga as escolas públicas da rede municipal de ensino a disporem de 2 (dois) a
10 (dez) animais de estimação em suas dependências.
PROC.
Nº 1617/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/16, de autoria do Ver. Rodrigo Maroni, que
determina o custeio, a manufatura e a distribuição de 3.000 (três mil) casas
para cachorros de rua pelo Executivo Municipal.
PROC.
Nº 1654/16 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 018/16, que inclui a al. e no caput do art. 3º da
Lei nº 8.266, de 29 de dezembro de 1998 – que dispõe sobre o regime de
adiantamento a funcionários da Administração Centralizada, Autarquias e
Fundação –, prevendo a aquisição de matrículas de imóveis para fins tributários
como exceção ao limite de adiantamento de numerário previsto no caput do art. 2º da mesma lei.
PROC.
Nº 0848/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 074/15, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que
obriga os agentes públicos a entregar às unidades administrativas de serviço de
pessoal dos órgãos da Administração Direta ou das entidades da Administração
Indireta a que se vincularem, de qualquer dos Poderes do Município de Porto
Alegre, declaração de bens e rendas que constituam seu patrimônio, determina
que essas unidades administrativas exerçam o controle de sinais aparentes de
riqueza ou de enriquecimento ilícito dos agentes públicos e dá outras
providências.
PROC.
Nº 0898/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/16, de autoria do Ver. Mendes Ribeiro, que
estabelece normas para a realização de competições esportivas na modalidade
corrida de rua. Com Emenda nº 01.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ADELI
SELL:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje, em 1ª Sessão de
Pauta, o PLL nº 178/15, de minha
autoria, estabelece normas para arrecadação e encampação de imóveis urbanos
abandonados na cidade de Porto Alegre. É uma calamidade! Certa feita eu fiz um
apelo ao Líder do Governo, Ver. Kevin Krieger, para que formássemos uma
comissão especial, um grupo de trabalho entre Legislativo e Executivo, para
cuidar das nesgas. A Prefeitura deixa de arrecadar, pois, por exemplo, nós
temos espaços que são usados para colocar lixo, desova. Não bastassem essas
nesgas, nós temos prédios, terrenos importantes em locais nobilíssimos, os
quais não sabemos quem são os donos, tal é o nível de abandono. Multas do DMLU,
multa daqui, multa dali e, se houver um cochilo – provavelmente não há, mas
ninguém é perfeito – da Secretaria da Fazenda. Nós temos locais em que o
sujeito deixa para ganhar dinheiro. O nosso Código Civil tem uma palavra
difícil que poucos conhecem – nossa douta Diretoria Legislativa sabe bem –
estou falando da derrelição, que é um aspecto jurídico, no qual o sujeito que
fica sem pagar impostos, por três anos, pode sofrer uma ação da Prefeitura e
ganhar mais um prazo, e, a partir daí, então, a Prefeitura desapropria a bem da
coisa pública. Eu procurei, estudei muito isso e achei um texto do Procurador
de Justiça do Estado, o Dr. Lott, perfeito, bem embasado. A minha Exposição de
Motivos é basicamente o artigo do Dr. Lott, porque ele é correto, ele é
emblemático para explicar do que se trata. Fui procurar e achei, no Rio Grande
do Sul, só um Município com lei semelhante, o Município de Camaquã, não me
perguntem por que razão, mas lá existe. Pois, então, Ver. Bosco, esse é um
projeto que ajudará a Prefeitura Municipal, em qualquer circunstância de quem é
Governo, de resolver o problema dos prédios abandonados e dessas pessoas
inescrupulosas que deixam ali, às vezes, um local ser completamente destruído,
como, por exemplo, a esquina da Rua Marechal Floriano com a Rua Riachuelo – o
sujeito está fazendo tudo para que o prédio caia. Já ali haveria uma razão,
independentemente do nosso Código Civil, o Estatuto da Cidade já teria
elementos suficientes para uma desapropriação. Com este meu projeto de lei não
tem mais escapatória: serão cercados por todos os lados, como uma ilha, para
não continuar caloteando a Prefeitura. Ou dá um jeito, paga os tributos, limpa,
arruma, reconstrói ou perde a propriedade, e a Prefeitura vai mandar cobrar o
que quiser na Justiça porque vai determinar o preço segundo os seus técnicos,
que têm fé publica. Portanto, peço desde já, se possível, assim que sair dessas
Comissões, que a douta Comissão de Constituição e Justiça faça uma análise. Se
alguém tiver dúvidas – não estão muitos Vereadores no momento, mas alguns
assessores –, estou aberto à discussão, porque este projeto tem consistência
legal, a sua Exposição de Motivos é baseada num dos mais experientes
Procuradores de Justiça, a lei é bem precisa porque se baseia no Código Civil
Brasileiro e, portanto, aqui, por conversas que tive, leituras que fiz, tem um
projeto de lei que espero que, neste ano, vire lei, e que, no ano que vem, a
gente melhore as condições dos prédios abandonados em Porto Alegre. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Visivelmente não há quórum. Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h34min.)
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